Leia a íntegra desta notícia no site da Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves, entidade sem fins lucrativos cuja missão é ajudar e apoiar pessoas com a câncer e auxiliar a comunidade no combate e na prevenção da doença.

Especialista José Luiz Pedrini traz mensagem de otimismo na luta pela vida

01/11/2017

Palestra encerrou a programação de atividades alusivas ao Outubro Rosa

A Liga de Combate ao Câncer chegou ao fim da campanha Outubro Rosa 2017 celebrando a vida. Encerrando o ciclo de atividades alusivas à mobilização mundial, o mastologista José Luiz Pedrini transmitiu uma mensagem positivista ao público na noite de 30 de outubro, no Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG). Baseado em dados científicos, afirmou que mais de 90% dos casos de câncer de mama são curáveis, desde que diagnosticados precocemente.

Por isso ele insistiu tanto no reconhecimento da doença – sinais como caroço na mama, retração do mamilo, retração/alteração na mama, pele com efeito casca de laranja e secreção mamilar (unilateral e com aspecto cristalino ou sanguinolento, embora nem sempre esteja relacionado ao câncer). O autoexame em frente ao espelho e a mamografia anual a partir dos 40 anos são recomendações básicas. “A mortalidade não diminui com o autoexame, mas dessa forma é possível tratar tumores no início, com chance de cura de 70%. Se for em estágio inicial, o índice sobe para mais de 90% de cura”, disse o médico, diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia.

Mas é preciso ficar atento também às exceções: em casos onde o câncer apareceu em algum familiar, como na mãe, a filha deve fazer a mamografia 10 anos antes da idade em que sua genitora desenvolveu a doença. Ainda, há situações em que a mamografia não mostra a lesão. “Quando o exame dá negativo, mas a mulher sente algo na mama, vale a percepção. A ecografia é indicada neste caso como um exame complementar. Mas lembrem-se, a eco é complementar, o exame correto é a mamografia”, orientou.

Pedrini também disse que muito se evoluiu no tratamento da doença, particularizando o combate à enfermidade. “Hoje, a função do médico é de um alfaiate, nós vamos desenhar para aquela pessoa o que ela precisa”. Ainda assim, disse que só 45% das mulheres que tiram a mama em função do câncer farão a reconstrução mamária. “Mais da metade que sai de um bloco cirúrgico sem a mama vai voltar para reconstrui-la. Como vai pensar na sexualidade? A equipe médica tem que estimular para que ela tenha sua forma corporal de volta. Se faz a reconstrução na hora que tira, é uma cirurgia só”, explicou.