Leia a íntegra desta notícia no site da Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves, entidade sem fins lucrativos cuja missão é ajudar e apoiar pessoas com a câncer e auxiliar a comunidade no combate e na prevenção da doença.
Leia a íntegra desta notícia no site da Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves, entidade sem fins lucrativos cuja missão é ajudar e apoiar pessoas com a câncer e auxiliar a comunidade no combate e na prevenção da doença.
25/11/2016
Sensibilização promovida pela Liga de Combate ao Câncer levou mais de 60 homens às ruas de Bento Gonçalves.
Eles deixaram de lado o preconceito e foram às ruas sensibilizar a comunidade sobre um assunto de grande relevância – e que ganha destaque especial no ‘Novembro Azul’: a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce na luta contra o câncer de próstata. Cerca de 65 homens – entre lideranças setoriais e comunitárias, formadores de opinião e empresários – participaram da terceira edição da caminha promovida pela Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves com o objetivo de chamar a atenção da população para a causa. A ação ocorreu ao meio dia de quarta-feira (23), na Via Del Vino, na região central da cidade.
Vestidos de azul, eles percorreram diversas ruas, ampliando a rede de conscientização que a entidade vem tecendo em prol da saúde da população. Diante desse desafio, a disseminação de informações e orientações ganha força como estratégia mais eficiente. “Se não pudermos evitar o câncer, que possamos, então, detectá-lo precocemente, o que aumenta as chances de cura. Por isso estamos engajados nesse chamamento, para que cada homem cuide do seu corpo”, orientou a presidente da entidade, Maria Lúcia Gava Severa.
Quem participou da ação entendeu a importância de trazer o assunto à pauta, contribuindo para desmistificar o tema e quebrar paradigmas culturais. “O homem tem, sim, que se cuidar, consultar o médico, fazer os exames, buscar tratamento. Negligenciar a própria saúde é coisa do passado, e compartilhar esse conceito com a comunidade é uma ação que pode fazer a diferença”, diz Rafael Fantin, presidente da ExpoBento 2016.
Uma das principais contribuições da caminha foi a de combater o preconceito que existe em meio aos homens no que se refere ao câncer de próstata. “Na minha roda de amigos, esse assunto é tabu, existe resistência. Mas, aos poucos, é preciso ir trabalhando para superá-la. Com saúde não se brinca”, ressalta o presidente do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro), Geraldo Leite. O exame que detecta precocemente essa doença deve ser realizado a partir dos 45 anos, mesmo em casos em que os homens não apresentem sintomas da doença. O toque retal não provoca dor e tem duração de cinco a sete segundos. Outra orientação preventiva é a adoção de hábitos saudáveis na rotina.
Sobre o câncer de próstata
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Três quartos dos casos no mundo são registrados a partir dos 65 anos, o que faz com que seja considerado um câncer da terceira idade. Ainda de acordo com o instituto, a estimativa de novos casos em 2016 é de 61.200. A maior incidência da doença é registrada em países desenvolvidos se for feita uma comparação dos países em desenvolvimento. Segundo o INCA, o aumento das taxas de incidência no Brasil está relacionado com a evolução dos exames, com a maior informação e o aumento de expectativa de vida.
Sensibilizações do ‘Outubro Rosa’ também envolveram a comunidade
No mês passado, o trabalho da Liga de Combate ao Câncer sensibilizou mais de 50 mil pessoas com ações do Outubro Rosa – encontros, palestras e blitz de conscientização alterando sobre o câncer de mama e atentando para a detecção precoce da doença. Esse total representa 44,5% da população do município. As atividades alcançaram empresas, academias, salões de beleza, comércio, shoppings, escolas, universidades, consultórios, hospitais, laboratórios e eventos esportivos. A campanha abordou a importância da realização do autoexame e de consultas médicas periódicas, atitudes simples, mas que podem ajudar a identificar o câncer em seu estágio inicial e assim, salvar vidas. Iniciativas como a distribuição de sementes de flores rosas – simbolizando o convite para semear conhecimento sobre o assunto – e a venda de camisetas e guarda-chuvas temáticos, para arrecadar recursos para o trabalho assistencial, também foram destaque no período.
